quarta-feira, 23 de abril de 2014

Zezé Di Camargo se espelha em Madonna para manter o sucesso dos 23 anos de carreira com Luciano


A dupla Zezé Di Camargo & Luciano chegou a um ponto da carreira em que é dispensável apresentações. Mesmo que você seja integrante de uma pequena parcela do País que não ouve o sertanejo, segundo dados de pesquisas como as realizadas pelo Ecad, por exemplo, sabe quem são Zezé Di Camargo e Luciano. Pode até confundir os nomes -chamar Zezé de Luciano, ou Luciano de Zezé-, mas já cantarolou É o Amor, mesmo que para tirar onda de alguém. Não à toa. São 23 anos de história.

E essa contagem de anos e anos de sucesso começou com nada menos do que o clássico, que canta o amor de geração para geração. A dupla foi formada em 1989, mas oficializou o dia na data do lançamento do disco e do principal sucesso, É o Amor. Zezé Di Camargo até ensaia uma modéstia ao falar sobre duas décadas sem sair do topo.

- Dizem que a gente ainda faz sucesso [risos]. É pela força de vontade e por amar demais o que a gente faz, sem querer parecer bonzinho demais. A gente luta pra caramba, briga pelo espaço. Eu sempre digo ‘não faço questão de ser o primeiro na corrida, mas que eu tenho que estar no pódio, tenho que estar’, sempre. A gente nunca deixou o posto dos três mais tocados, os três mais vendidos, os três tudo. Estamos ali entre o primeiro, segundo, terceiro. O importante é estar bem situado, independente da época.

Zezé e Luciano não se deixam abalar por novas eras no segmento,que eles já criticaram muito. No entanto, nos últimos anos, aprenderam que seriam mais fortes como aliados. Os veteranos baixaram a guarda e hoje têm cantores da nova leva do sertanejo como grandes amigos, como Gusttavo Lima e Luan Santana.

Zezé Di Camargo acredita que essa capacidade de se renovar e de sempre dar espaço para novidades é outro segredo para os 23 anos de sucesso.

- Tem alguns artistas que eu me espelho muito, que se reinventam. A Madonna, por exemplo, é uma artista que se reinventa a todo momento. O Rolling Stones, são uns coroas de quase 70 anos e continuam em cima do palco, colocando os jovens para dançar. A gente pode envelhecer fisicamente, mas o lado artista não pode envelhecer.

Falando em se reinventar, o primeira-voz revela que o próximo álbum da dupla vai mostrar bastante esse pensamento de não dormir no ponto. Segundo Zezé, além de músicas na linha do que outros sertanejos estão fazendo, ele prometem uma inédita que será uma homenagem ao povo nordestino.

- Gravamos uma música em homenagem às pessoas que vivem na beira do rio, passando sede a poucos metros do Rio São Francisco. A música Seca Verde fala da dignidade daquele povo e o que eles fazem para sobreviver. Estamos sintonizados com tudo o que está acontecendo pelo nosso País e isso facilita para que a nossa comunicação fique bem mais direta com o nosso público.

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